Você se preocupa excessivamente com sujeira? Quando está de saída sente uma grande necessidade de verificar a casa toda, as janelas, as portas, o gás, repetitivamente? É atormentado por pensamentos indesejáveis? Sente necessidade de acumular objetos sem necessidades de uso? Preocupa-se exageradamente com ordem?
Tais ações são consideradas “manias”, mas dependendo da gravidade podem ser sinais de TOC.
O TOC
Esses sintomas que descrevemos acima vêm atormentando milhares de pessoas no mundo inteiro, e em muitas ocasiões são leves, graves, exagerados ou até mesmo incapacitantes.
Podem estar associados a medo, culpa, ansiedade, insegurança, passando assim a ocupar muito tempo das pessoas portadoras desse transtorno, interferindo em suas rotinas pessoais, sociais e familiares, causando desconforto a si mesmo e aos demais.
O TOC é considerado um transtorno mental grave, podendo surgir de forma precoce. Se não tratado com a devida atenção, pode tornar-se crônico.
Os Sintomas
Os sintomas tendem a acompanhar o indivíduo por toda sua vida, às vezes com grandes intensidades e outras com menor frequência.
Esses sintomas podem surgir na adolescência, algumas vezes até na infância com uma frequência menor e, ao longo da vida, o TOC pode ir intensificando-se de acordo com os problemas cotidianos do indivíduo.
O TOC e a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)
A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) tem um papel importante no tratamento do TOC, pois é uma psicoterapia que trabalha focada no problema através de técnicas, exercícios e tarefas para serem realizadas no consultório e em casa.
São utilizados registros, escalas, instrumentos de automonitoramento e também tarefas junto com o terapeuta.
O paciente aprende a identificar suas obsessões, compulsões, evitações, neutralizações e pensamentos catastróficos e assim, junto ao terapeuta, a listar e realizar tarefas para que cada vez mais, gradualmente, os sintomas percam sua intensidade.
Pouco a pouco, o indivíduo vai se condicionando a caminho de melhorar. Por isso, a TCC tende a ser eficaz no tratamento do transtorno, tornando a vida do paciente mais leve e equilibrada.
Texto escrito por Sandra Colaiori
Psicologa Clínica e Psicoterapeuta